Coleccionamos dias

 


Coleccionamos dias, anos…

Pacotes de açúcar, bilhetes postais

Facturas de restaurantes (em papel)

Livros (que não são lidos)

Relógios, k7’s,

Discos vinil (o gira-discos já não funciona)

Coleccionamos dias, anos…

Os diários (o psiquiatra barato)

Selos, cartas,

Palavras (que nem sempre o vento leva)

Coleccionamos dias, anos…

Somos passado ou presente?

Coleccionamos dias, anos… até um dia


E ainda o mês de Julho com muito para dar, viver e partilhar

Tudo de bom!

Ainda o S. João




Foi uma noite como há muito não me lembrava, não só no que diz respeito à temperatura que se fez sentir, como também aos momentos agradáveis de convívio.

É bem verdade que já não vou em grandes correrias, marteladas e confusões. Direi que actualmente, sou um folião mais sossegado com imensas recordações desta que é, e sempre será, a maior noite do ano, seja de arco e balão, martelinho ou alho-porro, ou simplesmente com um enorme sorriso e boa companhia.

Viva o S. João!

Tudo de bom.



Um passeio



Acabo de fechar a porta de casa. Desço as escadas e estou cá fora com um sol, maravilhoso. Tenho um desejo enorme de ir pela linha do comboio mas, as obras na nova estação impedem que o realize.

Na máquina dos bilhetes introduzo € 0,90, um preço “agradável” para uma viagem cómoda até ao Porto. Em menos de sete minutos estou na estação de Campanhã. Saio e dirijo-me à plataforma do Metro. Valido o andante, e aguardo pelo próximo veículo.
A viagem de metro é agradável e enquanto percorremos um dos maiores túneis da rede do Metro (entre Campanhã e Trindade) recordo as minhas viagens diárias quando apanhava o metro para o trabalho.
A recordação foi pequena porque rapidinho cheguei à estação “Casa da Música”. Dirijo-me de seguida à Rotunda da Boavista onde apanho o autocarro que me leva até ao Castelo do Queijo. Está uma tarde fantástica de sol. O mar está um pouco picado, talvez do vento que se faz sentir um pouco, mas nada disso é impedimento para alguns surfistas darem o seu show. Fico por ali um pouco apreciando a arte de surfar e só sou interrompido quando alguém atrás de mim dá um grande trambolhão de bicicleta. Nada de grave.
Começo o meu passeio a pé pela marginal. Homem do Leme, Molho, Ingleses…Hummmm que saudades do Verão mas ao mesmo tempo que delícia de passeio por estas bandas com o mar como companhia e tão pouca gente a passear. Alguns idosos, um ou outro casal de namorados e uma cara simpática na esplanada das Pedras, com um livro na mão e atendendo o telemóvel (devia ser o namorado).
Depois de quase uma hora de passeio estou no jardim do Passeio Alegre. Decido fazer o resto da viagem de Eléctrico. “TlimTlim, Carvalhosa”. Sento-me do lado direito, assim tenho o Rio e o Sol como companheiros de viagem até ao “Infante” bem perto da Ribeira. Uma viagem agradável e cheia de nostalgia.
Volto a fazer o resto do caminho a pé. Jardim do Infante, Rua Mouzinho da Silveira onde comecei a trabalhar com 15 anos (já lá vão muitos anos), Estação de S. Bento, Praça da Liberdade, Avenida dos Aliados e Café Guarany. Afinal está na hora de tomar qualquer coisa.

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[07/20] - Um passeio
20 textos_20 anos

Na esplanada do rio

 

Uma tarde fantástica de sol. Uma água fresca com uma rodela de limão.
Na mesa ao lado um casal troca algumas carícias... desejam talvez estar noutro sítio. Mais ao lado, alguém almoça ou janta mais cedo.
Com calma continuo com a viagem do meu olhar. Reparo numa jovem que acende um cigarro…a tatuagem é gira e no rio alguém rema delicadamente fazendo deslizar a pequena embarcação.

Volto à esplanada, à jovem da tatuagem, ao pai que embala o bebé deitado no seu carrinho, ao turista que olha para os postais ilustrados e um grupo de amigos que dão um gargalhada enorme depois de lerem uma sms num dos telemóveis. Um idoso pousa a sua bengala e procura a posição para se sentar. Pede delicadamente ao empregado, um café em chávena aquecida.
No rio a embarcação continua a deslizar agora mais próxima da margem. Nas chaminés ainda há vestígios dos ninhos das cegonhas. É bom voltar, o desejo de regressar e por aqui ficar.

Os cheiros, os paladares, a sensualidade de quem passa, não fica, mas deixa no ar um sorriso numa tarde de sol…na esplanada do rio.

Sai mais uma água fresca com limão.

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[06/20] - Na esplanada do rio
20 textos_20 anos

Eu assim faço

 



«A saúde do coração não é apenas uma preocupação temporária; é um compromisso para a vida».

A todos um excelente Maio e não se esqueçam...cuidem do vosso coração.
Eu assim faço.
💕
Tudo de bom ;)

No céu


Como uma bailarina
elegante, cristalina,
ao meu encontro caminhas,
lentamente… meiga.
Estendo a mão num toque
de alegria,
sensualidade e paixão.

Ritmados nos envolvemos
numa dança,
como se da última se tratasse,
suavemente…
O palco não chega
e depressa,
transbordamos para o exterior,
com beleza e rigor,
à chuva…ao sol…ao vento…

Ambos vestidos de branco

envoltos em mística azul
e perfume intenso.
O céu espera por nós.

No céu estamos nós
Hoje e sempre.

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança.
Dança, canta, alegra-te.
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[05/20] - No céu
20 textos_20 anos

Eu agradeço

 

Dão, ainda hoje, alguns bolos e doces para enganar o povinho
(O IRS até veio cedo)
A festança e comemoração está a chegar…
As palmadinhas nas costas, as condecorações pois então

E os grandes discursos de circunstância não faltarão
pela Liberdade,
Liberdade,

E eu agradeço
Não pela festa, não pela comemoração, mas pela REVOLUÇÃO!
Agradeço
Agradeço a todos que tornaram o sonho realidade.

 Eu agradeço.

(e a luta continua. 25 de Abril sempre!)

Tudo de bom.


E elas a chamarem por mim

É oficial, começaram as festas aqui no burgo e arredores. Sendo assim e até finais de Junho, não faltará animação e não só.


E elas a chamarem por mim. 😊

Tudo de bom! :)

20 anos na blogosfera

 


Hoje comemora-se o Dia do Pai (parabéns aos que eu conheço e a todos em geral).
Mas também neste dia, 19 de Março mas do ano de 2004,  nascia o meu primeiro blog, escrevia e publicava o meu primeiro post na net.

Vinte anos!

Não percebia grande coisa de ‘blogs’, mas já lia e seguia alguns dos que já existiam nessa altura. Posso considerar-me um ‘Jurássico’, e como eu, ainda andam por aí resistentes a escrever e a publicar.
Foram anos de partilha e cumplicidade da qual me honro fazer parte e agradeço.

Fui sempre o ‘aflores’ tal e qual como sou, tentando sempre ver o lado positivo das coisas (mesmo que ás vezes…), respeitando opiniões diferentes da minha, falando ‘disto e daquilo’, uma foto, um passeio, um momento (que adoro, quero guardar ou recordar), e sempre com um sorriso, porque de tristezas ‘está o mundo cheio’.
E ainda hoje é assim, vinte anos depois.

Eu sei, todos sabemos, que tudo tem um princípio e fim, e um dia também este capítulo se encerrará. Mas até lá e enquanto isso me der prazer, por aqui continuarei, partilhando com todos aqueles que ainda hoje me acompanham, momentos desta minha existência e passagem por este mundo (ainda) fantástico dos blogs, nesta cumplicidade blogosférica que adoro.

Não vou mencionar nomes de blogs/autores  destes vinte anos passados e  que fizeram parte desta história (uma boa parte aparece na imagem do post), pela simples razão de eventualmente me esquecer de alguns (a idade não perdoa 😊 ), mas deixo aqui um abraço muito grande a todos

Tudo de bom.
:)


Aproveitar todos os momentos

 


Regressaste

Eu disse que voltaria.
Mas é verdade que tentaste, eu sei…
Como posso esquecer? Saberei sempre o caminho (quer dizer…ás vezes o gps arrelia-me), gosto de mudar…ou pelo menos tentar.
E que tal?

Gostei, gostei bastante. Para além do descanso, um misto de emoções e aproveitamento ao máximo de momentos que fazem bem ao corpo, à alma e acrescentam à tua ‘memória interna’ dados para mais tarde recordar
Sinto alguma…
(Não sou o ‘Ambrósio’ mas posso arranjar um chocolate)
A fugir do assunto?
Não, nada disso. Ia já outra vez…
Mas ainda agora chegaste
Como dizia o cantor ‘só estou bem onde eu não estou’
Filosofia a esta hora?

Deixa-me ir.
Visita de médico?
Nada disso, foi um pequeno descanso antes de nova viagem, esta, à volta do sol (mais uma)
Não tenhas pressa
Não tenho pressa mas quero aproveitar tudo, todos os momentos…
Concordo contigo!




Tudo de bom.




Amanhã logo se verá



Mas onde vais?
por aí

Voltas?

não sei, talvez
Quem sabe?
Talvez

Mas vou tentar

Vais mesmo?
Não prometo… logo se verá.

Prometes?

Fiquemos por aqui, mas só por hoje
porque amanhã

ah, amanhã… logo se verá.
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Tudo de bom! 
:)


Dos fantasmas e dos sonhos



Dos fantasmas

Os habituais e mais uns quantos. Sim, acho, tenho a certeza, que moram por cá mais uns quantos. As conversas nem sempre são muito tranquilas e na falta de moderação faço as perguntas e dou as respostas, é quase como arrumar a garagem e no final fica tudo na mesma.
O psiquiatra já o matei há muito, falo para as paredes que ouvem muito bem e não me questionam… o silêncio (que não é inocente) nem sempre é agradável, chega mesmo a incomodar, mas arranjo eu uma resposta que por certo na maior parte das vezes não me irrita. É uma mesa redonda, ás vezes rectangular quando não é no corredor de um lado para o outro.
«Não, não te preocupes que isto passa. Está tudo relacionado com as poeiras que vêm sei lá de onde e me afectam bastante.»

E dos sonhos

ai os sonhos…
Dizem que são “de borla”, por isso vou simplesmente sonhando.
...

Tudo de bom.